sábado, 5 de janeiro de 2013

E fez-se luz no rosto da menininha. Parou, chorou por dentro, mas agora de alegria. Mal pode acreditar no que seus ouvidos acabaram de ouvir.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Café.
Madeira.
Aconchego.
Ímpeto.
Suburban Nature - Sarah Jaffe.
O máximo que faço agora é delinear os contornos do mouse de olhos fechados a espera de algum lapso de inspiração.
A música de agora é de um toque tão suave.
Nada consta.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Parte IV

     Acho que perdi a menininha. Faz tanto tempo que não a vejo, não a sinto. Faz muito tempo que não a vivo. Não sei em qual ponto do caminho eu deixei de sofrer, perdi meus horizontes tão literários.
     Agora me vejo quase menina, observando os trejeitos da mulher que desfila suas órbitas insinuantes. As vezes me acho quase disléxica.
     Encontrei um amor, e tão diferente do que sonhei, pintei, e todos os eis que imaginei, é morno uma hora, n'outra intenso e voraz. Consome meu tempo, meu lirismo, minhas linhas.
     Poderia bem dizer que sou um ser humano recém chegado a outra dimensão, com algumas lembranças da outra vida.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Parte III

     Visto que nada conseguia acalentar seu coração, pensou.. Talvez pela última vez..
     "Nunca houvera um silêncio tão cheio quanto o seu..
Sei das vezes que falhei, mas não carrego essa culpa sozinha..
Houve brechas que te dei, houve tempo para hesitar, houve tempo para desistir.."
     As palavras da menininha estavam acabando, suas lágrimas não brotavam como antes. Ela quis só uma vez, desejou com todo o seu ser saber o que era o amor, mas dessa vez nenhuma resposta veio do céu, nenhum vento frio, nada..
     Não houve braços para abraços, nem peito para aconchego.. Nem ela acreditava em sua cena.

quinta-feira, 26 de abril de 2012


     Ela chegou aonde quis, mas chegou só, chegou doída..
     Não sabia nem hesitar explicar o porquê de um caminho tão embaraçoso e constrangedor.
     Seu maior pecado foi querer amar, e sempre mentir a si mesma.
     E disse: “Não sei, só sei que foi assim, ou não, talvez tenha sido – para minha sorte – apenas mais um pesadelo em que acordei assustada na cama vazia”.
     E doeu, como nunca antes, doeu por saber que suas feridas ainda estavam ali, tão vivas como no momento em que foram concebidas. Ela quis chorar, mas há muito já não estava em seu mundo.
     A menininha se esticou tanto para crescer que conseguiu, mas quando alcançou o topo da colina percebeu que nem de longe era o lugar que encenou seus sonhos.
     Quis fazer cena, mas sua garganta não proferiu nenhum grito d’alma, seus olhos secaram, e seus joelhos se mantiveram firmes.
     E lá de pé, no alto da colina, ela fechou os olhos e imaginou...

            “O som de sua voz ecoava dentro de mim me fazendo sentir tão feliz que poderia chorar. Seus traços, seus movimentos, pareciam estar em câmera lenta. Ele era a personificação das minhas letras, do meu eu mais íntimo e secreto.
            Desvendava-me com seu meio sorriso.
Ali permanecemos, sob o tom amarelado do fim do dia, nos enamorando.”

quarta-feira, 11 de abril de 2012

     Então, como ousas?
     Se te busquei de um passado longínquo foi para te mostrar meu sorriso..
Não pode despertar dores que guardo num quarto fechado de mim
que não te apresentei.
     Te coloquei sentado no mato,
te fiz manso e disse baixinho:
"Espera!
Espera que já venho com o meu eu que deixei alí atrás"
     Poderia ao menos ter fugido..
mas não..
Você ainda brincou com aquela garotinha, a fez sorrir..
     Ela sorriu um som melodioso
que encantou todos que passavam,
ela te olhou com olhos cintilantes..
     Aquela garotinha entrelaçou seus dedos nos teus e te desconcertou,
 te disse: "Vamos.."
     Você deu cinco passos
e parou, 

virou as costas depois de empurrá-la no chão
e foi-se embora.
     Eu sobrevivi e me fiz forte,
me fiz mulher,
te provei a minha audácia..
     Então te busquei..
E tu ousas mexer com meu coração..
     Como ousas?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Então meu caro amigo, "Quando lhe faltei?", eu perguntei. Tu me concedeste apenas o silêncio..
Terá sido todas as vezes que preferi a mim? Ou talvez as vezes que lhe joguei diante dos leões para salvar minha carcaça podre?
Diga-me por favor, onde errei? Eu juro que não consigo ver..
Pobre de mim, que só quis que o mundo inteiro se ajoelhasse aos meus pés.
Como tu ousas renegar-me tal benevolência, tu apenas precisou me amar, se doar por inteiro a mim, me preferir a ti. Era tanto?
...
Como pude não ver tamanho mosntro havia me tornado. A tua morte seria uma escolha ao ceder-lhe um sorriso..
Como não vi o amor que tinha em mãos, um amor tão belo, doce, que transcendia qualquer mundo, qualquer explicação..

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dreamer

E ali permaneceu a menininha culta, de belos textos escondidos, vagando seu olhar num horizonte de distrações.
Esperando que um dia o seu príncipe surgisse diante dos olhos e a despertasse de seu torpor.
Sentindo dores que nunca foram suas, lamentando a perda do que nunca lhe fora dado, do que nunca tivera em mãos. Mas só porque ela queria sentir algo, dor que fosse, ao invés do vazio.
Por várias vezes a menininha roubava olhares do pares enamorados para saber como era ser olhada. Frustrava-se todavia, pois sabia da inverdade de sua tese.
Talvez por ocupar-se de querer o que não lhe pertencia, acabou por se amendrontar diante do que podia ter. A menininha teve medo de viver.
Também pudera, morreria se tentasse enumerar todos os ogros que encontrou em sua trilha de fantasias. A cada encontro, uma parte de seu cenário era arrancada brutalmente.
Hoje a menininha encontra-se num mundo sujo e destruído. Onde pessoas e flores se levantam para recomeçar.
Mas ela... Ela continua sentada observando o por do sol.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Para um estimado amigo, que mesmo custando aceitar, precisa de ombros. Aqui está o meu R.R.

QUANDO A NATUREZA QUER FAZER UM HOMEM

(Angela Morgan)

I
Se a Natureza quer fazer um Homem
E eletrizar o coração de um Homem,
E adestrar à força quer, um Homem,
Se a Natureza quer treinar um Homem
Para cumprir urna genial missão;
E quando quer, de todo o coração,
Criar um Homem tão ousado e grande
Que a sua fama ao mundo inteiro mande
- Observai os seus métodos e caminhos!
Como coroa sempre com espinhos
Aquele com quem ela simpatiza;
Como o desbasta e como o martiriza,
E a poderosos golpes o converte
Num esboço de argila que diverte
Somente a Natureza que o compreende
- Enquanto o torturado coração
Aos céus levanta a suplicante mão!
Quando o seu bem a Natureza compreende,
Como o abate, sem jamais quebrar,
Como se serve do que vai sagrar!
Como o derrete e não o deixa em paz,
E com que arte ela sempre o induz
A apresentar ao mundo a sua luz...
A Natureza sabe o que ela faz!


II

Se a Natureza quer pegar um Homem,
E se deseja sacudir um Homem,
E se pretende despertar um Homem;
Se a Natureza quer fazer um Homem
Que, no futuro, cumpra-lhe o decreto;
Quando ela tenta, com habilidade,
Quando deseja e quer, com ansiedade,
Fazê-lo vigoroso, são, completo,
Com que sagacidade ela o prepara!
Como o aguilhoa com a sua vara,
De que maneira o amola e como o enfeza
E o faz nascer em meio à pobreza...
Com desapontamentos sempre punge
O coração daquele que ela unge;
Com que sagacidade ela o esconde
E oculta, sem olhar ao menos onde,
Soluce, embora o gênio, desprezado
E seu orgulho guarde esse passado!
Manda-o combater mais arduamente,
Fá-lo tão solitário que somente
As mais altas mensagens do Senhor
Consigam penetrar a sua dor
É assim que a Natureza lhe clareia
Da hierarquia a impenetrável teia.
E embora ele não possa compreender,
Dá-lhe paixões ardentes a vencer!
Como impiedosamente ela o esporeia,
Com que terrível entusiasmo o fere
Se acaso, acerbamente, ela o prefere!


III

Se a Natureza quer nomear um Homem,
E se ela quer dar fama para um Homem,
E se ela quer domar, acaso, um Homem;
Quando ela quer dar brio para um Homem
Executar missão quase celeste,
Quando ela tenta o seu supremo teste
Que há de imprimir a inconfundível marca
- No que há de ser um Deus, ou o Monarca
Quanto o dirige, e quanto que o refreia,
De modo a que seu corpo mal contenha
A inspiração ardente que o incendeia;
E a sua ansiosa alma se mantenha
Sempre anelante por um sonho esguio!
Engana com ardis sua esperança,
Lança-lhe no rosto novo desafio,
No instante em que ele o alvo quase alcança
Faz uma selva - que limpar-lhe custe;
Faz um deserto - para que se assuste,
E para que ele o vença, se capaz...
Assim a Natureza um Homem faz!


IV

Então, para provar a sua ira,
Uma montanha em seu caminho atira -
E põe amarga escolha a sua frente:
"Sobe ou perece!", diz-lhe, sorridente.
Meditai no mistério da Intenção!
Da Natureza o plano é tão clemente:
Se compreendêssemos a sua mente!
Os que o chamam cega, tolos são,
Pois com o pé sangrante e lacerado
É que o Espírito sobe, descuidado,
Com entusiasmo e com vigor dobrado,
Esses caminhos todos, que ilumina
Com essa força ativa, que é divina;
E do ardor maneja a espada de aço,
Para enfrentar o peso do fracasso;
E mesmo na presença da derrota,
Inda esperança em seu olhar se nota!
Eis que é chegada a crise! Eis o grito
Que está a pedir um Chefe ao Infinito!
Só quando o povo implora a salvação,
É que ele vem governar a Nação...

Então a Natureza diz-nos: "Tomem:
Eu lhes entrego, finalmente, um Homem!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tudo está aí, mas isso não é tudo...

Inspiração.... ouçam.
Você provavelmente ainda não percebeu como funcionam as minhas engrenagens, então, como uma das poucas vezes, me torno um tanto crua e real para tentar explicar.
Recitador de belas palavras, doces, suaves aos meus ouvidos, duraram apenas o primeiro dia, mas não o culpo, não.
Sabe como funciona o amor para mim? Explico-lhe mais uma vez! É tão simples, é como o livro que está sobre a estante e todos passam por ele sem notá-lo, tão rotineiro que nem damos atenção.
Quando me lembro de qualquer pessoa e isso me faz sorrir então eu a amo. Quando quero o bem de uma pessoa, quero estar perto, cuidar, até quando a odeio, ainda assim, ela está em meus pensamentos, não?! Eu a amo por isso.
Amar é simplesmente deixar que tal ser tome posse, por míseros instantes que sejam, de suas faculdades.
Ame, sinta, viva, é descomplicado, faz bem, causa uma euforia tamanha que te tira do controle de seus instintos.
Não estranhe a forma exagerada como eu me entrego as palavras e sentimentos, espero nunca mudar, os adultos mudam ou escondem, não quero sê-lo.
Se você ao menos pensou em olhar pela janela, com toda certeza digo, você está preparado para o que está lá fora, não tenha medo, arranque as cortinas, atire-se pela janela, quebre todos os seus ossos.... mas viva!
Não considere como hipocrisia, eu amo de verdade a todos, se não é capaz, infelicidade sua. Não julgue as minhas capacidades, por mais impossíveis que lhe pareçam, posso ter sentimentos distintos por uma mesma pessoa, o mais comum, amor e ódio.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ouçam, desperta e acalma esse amontoadinho de músculos chamado coração!
É dia de novos sonhos. Dia de acordar e levantar a poeira. Enxergar teus erros e reconhecer teus fracassos e deméritos... Não seria tão mais fácil se o mundo viesse num embrulinho de presentes, com uma fita vermelha ou dourada?! Como preferir... Até quando teimo em nada sentir... Ainda assim, sinto. Por viver e poder viver. O amor e o desamor me fazem sentir. O coração dá um nó e ai daquele que tentar desatá-lo, será enlaçado junto. Palavras, palavras, um milhão delas não acalmariam esse doce e sofrido ardente coração. Teima em despertar em horas impróprias... Pudera eu controlá-lo... E quem controla um artista? São tantas artimanhas e façanhas para sobreviver que me comovo e me acomodo com sua dorzinha insinuante.. Amo demais viver!!

P.S. Foto de minha autoria, a natureza não!


D.W.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os últimos dias foram os primeiros! Os primeiros dias de um ser pensante, altivo e questionador.
Quero continuar me indagando e me indignando com algumas atitudes, passivas, desprovidas de tudo e totalmemte desnecessárias.
Não se julge muito útil ao pensar que me inspirou. O motivo da sua estada em meu caminho foi uma simples questão de escolha, minha!
As vezes que me fez chorar foi apenas para cumprir exigências de uma canceriana. Puramente hábito, pretendo não perde-lo, as lágrimas previnem-nos de doenças... desculpas... eu sei.
Eu tenho todos os motivos, os mais irracionais possiveis, para querer/e continuar. E eu vou!
Nada nunca mudará meus pensamentos, eles são meus e apesar de muitos tentarem compreender em vão, eu ainda os admiro por isso.