terça-feira, 2 de outubro de 2012

Parte IV

     Acho que perdi a menininha. Faz tanto tempo que não a vejo, não a sinto. Faz muito tempo que não a vivo. Não sei em qual ponto do caminho eu deixei de sofrer, perdi meus horizontes tão literários.
     Agora me vejo quase menina, observando os trejeitos da mulher que desfila suas órbitas insinuantes. As vezes me acho quase disléxica.
     Encontrei um amor, e tão diferente do que sonhei, pintei, e todos os eis que imaginei, é morno uma hora, n'outra intenso e voraz. Consome meu tempo, meu lirismo, minhas linhas.
     Poderia bem dizer que sou um ser humano recém chegado a outra dimensão, com algumas lembranças da outra vida.

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